Uma obra prima que fala da figura do grande boémio Pad’ Zé, contada por um dos seus contemporâneos: D. Tomáz de Noronha.
Na obra, em que o autor coloca nas páginas iniciais uma quadra da sua autoria:
Os amores do estudante
São como a flor dos caminhos,
Dá-lhe o vento, num instante,
Só lá ficam os espinhos.
E outra da autoria de Afonso Duarte:
A cabra, quando badala,
Tem um ar de desengano,
Parece que diz à gente,
Cuidado com o fim do ano!
Os episódios com o famoso boémio são muitos, mas há alguns a reter.
A ida ao Porto no Centenário de Almeida Garrett é um deles, pelas peripécias do Pad que começaram cedo. Por exemplo, à chegada ao Porto, Tomáz de Noronha, refere que à saída da estação o Pad correu que nem um gamo, com os funcionários da estação atrás dele. Quando o apanharam apenas disse que não dava os bilhetes porque eram de ida e volta. Mas as peripécias continuaram, desde o Pad’ zé, sempre carente, a conseguir cravar cinquenta mil réis ao Governador Civil do Porto e muito mais havia a contar.
Também com muitas quadras, uma dedicada ao Pad’ zé:
Adeus, rico Pad’ zé,
És a flor da mocidade
Estás ausente de Coimbra
Digo-te adeus com saudade.
Uma obra a adquirir por quem gosta destas coisas de coimbra.
A publicação é de 1928, mas pode-se adquirir em alguns alfarrabistas.
Em Bibliotecas, há os seguintes exemplares:
- Na Biblioteca Nacional, com a cota: L. 42193 P.
- Na Biblioteca da Universidade Católica João Paulo II, com a cota: CP-LP711
- Na Biblioteca Municipal de Lisboa, no caso, na Biblioteca Museu da República e Resistência, com a cota: 82P-34/NOR
Voltaremos com mais obras de temática coimbrã.
1 comentário:
Excelente trabalho.
As «dicas» são de agradar.
Obrigado. Com amizade.
JDACT
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